31 maio 2011

Efésios 4.17-19 - Retire a Mortalha!

            A Bíblia foi escrita para ser obedecida, e não simplesmente para ser estudada. Vemos nesta passagem o que Cristo tem feito por nós. Portanto, a luz disto, o que devemos fazer por Cristo é ser “praticantes” da Palavra e, não somente “ouvintes” (Tiago 1:22). O fato de estarmos em Cristo (Efésios 1:18) deve nos motivar a andar em união (Efésios 4:1-16) o que já vimos nos versículos anteriores deste capítulo. O fato de termos sido ressuscitados dos mortos (Efésios 2:1-10) deve nos motivar a andar em pureza (Efésios 4:17—5:17), ou, como disse Paulo aos romanos, andar “em novidade de vida” (Romanos 6:4). Estamos vivos em Cristo, não mortos em pecados; portanto, devemos nos despojar “do velho homem... e (nos resvestir) do novo homem” (vs. 22, 24). Temos que retirada todo resquício da mortalha para não sujarmos a vestimenta da graça!
            O que é a mortalha neste contexto? Mortalha é a roupa que envolve o cadáver que vai ser sepultado. No contexto mortalha é o nosso velho homem, nossa antiga maneira de viver antes da salvação. Nesta passagem seremos exortados abandonarmos a mortalha.
            A Palavra de Deus nos adverte tanto positiva quanto negativamente (Ef 4:17-19), e uma destas advertências negativas está aqui nesta passagem: “não mais andeis como também andam os gentios”. O crente não deve imitar a vida dos perdidos que os cercam. E a razão é óbvia, eles estão “mortos em... seus delitos e pecados” (Ef 2:1), sendo que o crente foi ressuscitado dos mortos e tem recebido a vida eterna em Cristo. A principal diferença entre o salvo e o não salvo é a maneira de pensar.
            O crente pensa de maneira diferente do incrédulo por que tem a mente de Cristo. Tem uma mente iluminada. Note que a ênfase está na mente: “pensamentos” (v. 17), “ignorância” (v. 18), “assim que aprendestes a Cristo” (v. 20), “entedimentos” (v. 23). A salvação começa com o arrependimento, e, arrependimento é uma mudança na maneira de pensar. Toda a perspectiva da pessoa muda quando confia em Cristo, incluindo seus valores, suas metas e suas interpretações da vida.
            O que há de mal na mente de um inconverso? Uma das coisas é a “vaidade” a qual faz parte de sua maneira de pensar (v. 17), ou seja, a futilidade. Por não conhece a Deus, não compreende o mundo ao seu redor, e nem a si mesmo. Em Romanos 1:21-25 esta triste história é descrita. Nosso mundo hoje em dia possui uma grande bagagem de conhecimento, mas de pouco valor.
            O pensamento do incrédulo é fútil por ser obscurecido. Ele até pensa que é esclarecido a ponto de recusar a Bíblia, mas na verdade não enxergam porque estão nas trevas. “Inculcando-se por sábios, tornam-se loucos” (Romanos 1:22). Porém, convictos que são mais sábios que nós que cremos na Palavra de Deus. Satanás obscurece a mente dos perdidos porque não quer que enxerguem a verdade sobre Jesus Cristo (2 Coríntios 4:3-6). Não é que estão cegos e não podem ver, e sim que suas mentes estão obscurecidas e não podem pensar corretamente sobre assuntos espirituais.
            De fato o incrédulo está morto por causa de essa ignorância espiritual. A verdade e a vida andam juntas. Se chegarem crer na verdade da Palavra, Deus lhes dará a vida. A lógica é pensar que o incrédulo deveria fazer tudo o que pudesse para sair de sua terrível condição espiritual. E o que é mais lamentável, é que a dureza de seus corações que os escravizam. Têm perdido “toda a sensibilidade” porque se entregaram ao pecado, e o pecado controla suas vidas. Em Romanos 1:18-32 explica claramente estes três versículos.
            O crente não pode seguir o modelo dos inconversos, porque já experimentou o milagre de ser ressuscitado dos mortos. A vida do crente não é fútil, e sem propósito. A mente do crente está cheia com a luz da Palavra de Deus, e seu coração da plenitude da vida de Deus. Cada crente tem que se entregar a Deus como instrumento de justiça (Romanos 6:13). Em todos os aspectos, o crente é diferente do incrédulo, e por isso o motivo desta advertência: “Não andeis os os incrédulos”.

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