“Tudo
isto vi nos dias da minha vaidade: há justo que perece na sua
justiça, e há perverso que prolonga os seus dias na sua
perversidade. Não sejas demasiadamente justo, nem exageradamente
sábio; por que te destruirias a ti mesmo? Não sejas demasiadamente
perverso, nem sejas louco; por que morrerias fora do teu tempo? Bom é
que retenhas isto e também daquilo não retires a mão; pois quem
teme a Deus de tudo isto sai ileso”.
Nesses quatro
versículos, discute-se uma das questões mais prevalentes da
história da humanidade: Por que as pessoas boas sofrem, e as pessoas
más prosperam? No versículo 15 lemos: “Tudo isto vi nos
dias da minha vaidade: há justo que perece na sua justiça, e há
perverso que prolonga os seus dias na sua perversidade”. A
frase “tudo isto vi” é semelhante à expressão
contemporânea: “Agora, eu entendo tudo”. Vemos
este princípio bem vivo hoje. Vemos as pessoas justas morrem
abruptamente, e os insensatos ou maus viverem muito. Isso não faz
muito sentido, não é?
É fácil agonizar
nessas áreas nebulosas da fé. No entanto, essas áreas nebulosas
nos diz que Deus é real, dinâmico, e grande demais para a nossa
concepção. Seus caminhos são mais elevados que os nossos. Não
podemos compreendê-los completamente. Se eu pudesse entender
completamente os pensamentos de Deus, Ele não seria mais Deus do que
eu. Outros encaram esse enigma teológico dizendo que Deus não é
real. Isto seria como alguém tentando montar um quebra-cabeça de
10.000 peças dizer: “Se eu não puder montá-lo em cinco
minutos, eu não vou acreditar que seja real.” Isso seria
injusto e irracional, não é mesmo? Nossa incapacidade de
compreender ou de elaborar uma resposta reflete apenas as nossas
limitações, mas não a inexistência de Deus. Portanto, faz sentido
confiar no Deus amoroso e poderoso que temos, mesmo quando Ele não
pensa e agi como quereremos. Afinal, Ele vê o fim desde o início.
Portanto, você deve entregar ao Senhor qualquer questão que tiver
te incomodando. Para fazer isso você tem que dizer o
seguinte: “Senhor, eu não entendo o que estas fazendo, ou
o que estas permitindo, mas tu és Deus e o que me resta é confiar
em ti.”
Já que não podemos entender as decisões de Deus, a conclusão que podemos chegar de acordo com os versículos 16 e 17 é: “Não sejas demasiadamente justo, nem exageradamente sábio; por que te destruirias a ti mesmo? Não sejas demasiadamente perverso, nem sejas louco; por que morrerias fora do teu tempo?” Esses versículos são terrivelmente incompreendidos. Alguns chamam esses versículos de “a medida de ouro”, o que sugere que não devemos ser muito bons ou muito maus. Ao contrário, devemos encontrar um equilíbrio e conseguir um meio termo. No entanto, se estivessem nos dizendo para sermos moderadamente piedosos, eles estariam contradizendo o restante da Bíblia que claramente nos ensina que temos que buscar a justiça e santidade o máximo que pudermos. O ponto é que não devemos depender da nossa justiça e sabedoria para garantir a bênção de Deus em nossas vidas. Não pense que Deus te deve alguma coisa por causa da sua justiça.
A verdade é que
não importa quão justo ou sábio tentamos ser, nós ainda somos
pecadores necessitados da misericórdia e da graça de Deus. O
apóstolo Paulo entendeu isso. No início de seu ministério, ele
chamou a si mesmo o menor dos apóstolos. Mais tarde ele
disse que era o menor de todos os cristãos. Depois ele
disse que era o principal dos pecadores. Quanto maior for
o nosso amadurecimento espiritual, maior será o nosso reconhecimento
de nossa insignificância de diante de Deus. Na mesma linha de
pensamento, John Newton, o comerciante de escravos e autor da famosa
música “Amazing Grace”, conhecida por nós
como “Preciosa Graça”. Newton disse o
seguinte: “Quando eu chegar ao céu, vou ser surpreendido
por causa de três coisas. Serei surpreendido por causa daqueles que
eu imagino que estarão lá e que não estarão, por causa daqueles
que eu não imagino que estarão lá e que estarão e a terceira
razão é o fato de que eu estarei lá”.
Os chineses
crescem ouvindo o seguinte ditado: “O tiro que chega ao
topo primeiro é o primeiro a cair”. Biblicamente e também
na prática, faz sentido a ser uma pessoa humilde. Há muita coisa
que realmente não entendemos. A única solução sábia é ser
humilde. Mas como é isso na prática? Isso significa que você deve
se auto-analisar e verificando como você pensa, fala, e agir. Se
você pensa como um crente fariseu, provavelmente você é o tipo de
pessoa que vê os defeitos dos outros, mas se esquece dos seus
próprios defeitos. Infelizmente, esta é uma das principais
desculpas utilizadas pelos inconversos para não se tornar crentes.
No passado, eu imagina que não deveria haver hipocrisia entre os
crentes, mas agora estou convicto que a hipocrisia é uma realidade
na igreja também. E uma das áreas que mais somos hipócritas é com
a nossa falsa humildade. Vimos no exemplo de Paulo que com o passar
dos anos Ele foi se tornando cada vez mais humilde. No início ele
era o menor entre os apóstolos, depois o menor entre os crentes e no
final o menor entre os pecadores. Mas como Paulo chegou a este
estágio? Imitando Jesus Cristo, Aquele se esvaziou o ser igual a
Deus e se humilhou neste mundo por amor a nós.
A nossa
auto-justiça nos impede de sermos humildes, por isso o texto faz
oposição a auto-justiça, mas não é só contra a auto-justiça
que vemos uma oposição, podemos ver também uma oposição à
maldade. Embora somos pecadores e sempre teremos resquícios de
hipocrisia e de farisaísmo em nossas vidas, temos que ser cautelosos
para não utilizar o nosso pecado como uma desculpa para pecar ainda
mais. O fato de que não sermos perfeitos deve nos estimular para a
santidade. É fácil ver como esta linha de raciocínio pode
funcionar. “Se contar uma mentira que diferença faz isso
para os outros?”. Ou, “eu sei que não deveria
ter usado uma linguagem chula, mas por que parar agora se eu já a
utilizei?” “Eu sei que isso não é muito certo, mas
não estou prejudicando ninguém” Todo esse raciocínio é
maldoso. A questão é, por que agravar mais ainda os seus problemas,
continuando no pecado? Quando estiver num buraco, pare de cavar. Está
endividado, pare de fazer dívidas. Se não puder melhorar no
momento, ao menos, certifique-se de não piorar. Você não tem que
tomar outros os goles por que já tomou um, você não tem que
enganar uma segunda vez e não tem que perder a paciência outra vez.
Pelo poder de Deus, e com a ajuda de alguns bons amigos, você pode
parar os padrões de pecado e substituí-los com hábitos de
santidade.
Contudo, se optar
por ignorar a Palavra de Deus e agir como um tolo você poderá ser
amputado do Corpo antes do tempo. A verdade é que Deus às vezes
puni os maus nessa vida. Jovens, não sejam como os tolos.
Experimentar drogas um vez só pode acabar com sua vida. O sexo antes
do casamento pode lhe custar muito caro. Uma tentativa de suicídio
pode ser a última. Não vale a pena. Viva na luz da eternidade.
Exercite a sabedoria e o auto-controle.
O versículo final
desta seção é muito interessante. Olhe o que diz o versículo
18: “Bom é que retenhas isto e também daquilo não
retires a mão; pois quem teme a Deus de tudo isto sai ileso”. Você
deve entender o ensino da Palavra, você não deve deixar a sabedoria
de lado. Em outras palavras, é bom na vida agarrar-se aos princípios
da Palavra de Deus para ser santo e sábio. Mas ao mesmo tempo,
lembre-se que é um pecador finito e que não pode controlar Deus e
nem mesmo entender o que Ele está fazendo. Obedeça a Deus de acordo
com o que você entende. Confie nEle quando você não conseguir
entender. De tudo o que recebemos de Deus o mais importante é a Sua
graça. Como Ele disse a Paulo a minha graça te basta. “Então,
ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa
na fraqueza” (2 Co 12.9).
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