“Vi
ainda debaixo do sol que no lugar do juízo reinava a maldade e no
lugar da justiça, maldade ainda. Então, disse comigo: Deus julgará
o justo e o perverso; pois há tempo para todo propósito e para toda
obra. Disse ainda comigo: é por causa dos filhos dos homens, para
que Deus os prove, e eles vejam que são em si mesmos como os
animais. Porque o que sucede aos filhos dos homens sucede aos
animais; o mesmo lhes sucede: como morre um, assim morre o outro,
todos têm o mesmo fôlego de vida, e nenhuma vantagem tem o homem
sobre os animais; porque tudo é vaidade. Todos vão para o mesmo
lugar; todos procedem do pó e ao pó tornarão. Quem sabe se o
fôlego de vida dos filhos dos homens se dirige para cima e o dos
animais para baixo, para a terra? Pelo que vi não haver coisa melhor
do que alegrar-se o homem nas suas obras, porque essa é a sua
recompensa; quem o fará voltar para ver o que será depois dele?”.
Estes
sete versículos nos dizem que as injustiças da vida nos quebram e
depois nos moldam para nos aperfeiçoar diante de Deus e dos homens.
Em Eclesiastes 3.16 diz: “Vi ainda debaixo do sol que no lugar
do juízo reinava a maldade e no lugar da justiça, maldade ainda”.
A palavra “ainda” faz uma conexão desta porção
“télica” com a porção anterior, Eclesiastes 3.1-15,
onde vimos que há um tempo de Deus para todo propósito. Também
indica uma mudança de ênfase, as observações aqui são bem
desanimadoras. O texto declara que “a vida debaixo do sol”
é repleta de “maldade”. No “lugar do juízo”
refere-se aos tribunais. O tempo todo existem injustiças e
opressões, em lugar dos direitos das pessoas que deveriam ser
protegidas pela lei. Ao invés de justiça, inocentes são declarados
culpados e culpados são declarados inocentes. Embora, possamos
desejar muito a justiça e o que é correto, inevitavelmente acabamos
recebendo maldade e injustiça.
Esta é uma dura verdade que temos que enfrentar. Nos filmes os
mocinhos sempre vencem no final. Mas na vida real, bandidos ganham e
os mocinhos perdem. João Crente da Silva Honesto, nem sempre
consegue um bom emprego, mas Carlos Incrédulo de Souza Ateu, sempre
consegue boas oportunidade. Isso é um fato no mundo em que vivemos.
Você não gostaria de um mundo mais justo? Onde Deus atuasse de em
prol da justiça. Não seria ótimo se depois que um motorista
correndo em alta velocidade na rodovia, tivesse seu carro quebrado
cinco minutos depois? Ou, se alguém que ficasse ricos trapaceando nos
negócios, fosse à falência no mês seguinte? E ainda, se alguém que
ficasse irritado e gritasse com você seus dentes caíssem naquela
noite? Não seria legal se essas coisas acontecessem? Se você
fizesse uma fofoca, a sua língua ficaria verde. Toda vez que você
cobiçasse alguma coisa seu cabelo caísse. Toda vez que você
gastasse dinheiro com algo desnecessário, os alimentos de sua casa
apodrecessem. Você gostaria de viver num mundo assim? Nenhum de nós
quer esse tipo de justiça instantânea de Deus. No entanto, a
paciência de Deus com o pecado é uma bênção incrível. Se Deus
não fosse tão paciente todos nós receberíamos julgamentos
imediatos. Poderíamos ser eliminado num piscar de olhos. Felizmente,
Deus nos concede a Sua misericórdia e graça. Isso deve nos levar a
desejar ser mais misericordiosos e compassivos com os outros, ter
compaixão por aqueles que estão nas garras do pecado e sob a
influência da maldição. Se essa reflexão sobre a justiça e a misericórdia de Deus funciona para você, ao menos lembre-se de que a
vida é dura e que um dia vai morrer. A vida é passageira não vale
a pena ficar sofrendo.
Enquanto a maldade parece estar vencendo de 10 a 0 a justiça, Deus
que está no controle de todos os assuntos dos homens, no devido tempo
agirá. Olhe o que diz no versículo 17: “Deus julgará o justo e
o perverso, pois há tempo para todo propósito e para toda obra”.
No tempo devido Deus vai atuar, ou seja, Deus um dia julgará. Às
vezes Ele julga as pessoas nesta vida, às vezes Ele não julga. Mas o
dia do acerto de contas virá! O erro não ficará impune, e os
justos não ficarão sem recompensa. Salmo 37:12-13 nos diz: “Trama
o ímpio contra o justo e contra ele ringe os dentes. Rir-seá dele o
Senhor, pois estar-se aproximando o seu dia”. Deus é quem vai
rir por último. Embora não possamos vê-la agora, a justiça será
feita na eternidade. Infelizmente, isso nem
sempre é muito gratificante. Nós odiamos a injustiça, mas nosso
conforto é que ninguém sairá impune.
Voltando para nosso mundo atual e real, aprendemos aqui um princípio
muito importante: A injustiça nos faz lembrar que somos meros
mortais. Veja o que diz os versículos: “Disse ainda comigo: é
por causa dos filhos dos homens, para que Deus os prove, e eles vejam
que são em si mesmos como os animais. Porque o que sucede aos filhos
dos homens sucede aos animais; o mesmo lhe sucede: como morre um,
assim morre o outro, todos têm o mesmo fôlego de vida e nenhuma
vantagem tem o homem sobre os animais; porque tudo é vaidade. Todos
vão para o mesmo lugar; todos procedem do pó e ao pó voltarão”.
Por incrível que pareça, alguns querem usar estes versículos para apoiar a teoria
da evolução. Mesmo que alguns macacos de forma limitada possam
pensar, e agir como os seres humanos, este não é o enfoque destes
versículos, aqui não está sendo feita uma comparação entre
humanos e animais. Está simplesmente dizendo que os humanos e
animais morrem da mesma forma. A melhor tradução da palavra “prove”
seria “deixar claro”. O ponto é que Deus permite que a
injustiça humana exista no mundo, a fim de deixar claro para nós
que somos apenas como os animais e um dia também morreremos.
Cresci vendo animais sendo mortos. Mas, nunca gostei de caçar e
matar qualquer animal. Nem gosto muito de pescar porque sempre penso
que o peixe irá morrer depois. Mas as vezes precisamos matar ratos,
cobras ou insetos. Sempre que mato um inseto, uma formiga por
exemplo, é inevitável deixar de pensar na fragilidade da vida. Existem situações que
somos esmagados como uma formiga.
O versículo 21 diz: “Quem sabe que se o fôlego de vida dos
filhos dos homens se dirige para cima e dos animais para baixo, para
a terra?” A maioria de nós se comportar como se tivesse todo
tempo do mundo e fecha os olhos para o fato da morte. Deus quer que
enfrentemos esse fato (v. 18). Quem pode saber a verdade sobre a
ressurreição? A resposta é “ninguém pode!” Ninguém pode
“debaixo do céu” ou “debaixo do sol”. Se
considerarmos essa questão de forma empírica. Então, quem sabe?
Deus é o único que sabe. Então, a pergunta é: você sabe que não
sabe? Você sabe que não sabe para onde vai após a morte? Hoje, o
Deus do céu e da terra oferece-lhe um relacionamento com Ele através
de Seu Filho, o Senhor Jesus Cristo. Se você deseja um
relacionamento assim, confiar em Cristo como seu Salvador da condenação eterna, e
receber a certeza de uma vida eterna ao lado de Deus. Hoje é o dia.
Só para resumir: Você pode ser bem sucedido, rico, talentoso e bem-afeiçoado, e quando chegar a hora, você vai morrer. Felizmente,
no verso de encerramento do capítulo 3, nos encoraja a desfrutar a
vida, apesar da injustiça do mundo. Ele observa: “Pelo que vi não
haver coisa melhor do que alegrar-se o homem nas suas obras, porque
essa é a sua recompensa; quem o fará voltar para ver o que será
depois dele” (v. 22). A palavra hebraica “alegrar”
literalmente significa “feliz”. Deus quer que sejamos felizes no
meio desse mundo miserável.
Você já considerou o impacto que sua vida pode causar na vida de
outras pessoas ao seu redor? O Senhor pode usar a sua desvantagem,
seja ela física, emocional, financeira, ou qualquer outra coisa para
impactar positivamente a vida dos outros. A única coisa que pode impedi-lo é a sua atitude.
Use as Setas para Ler Todas a Mensagens do Livro de Eclesiastes!
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