23 janeiro 2012

Eclesiastes 2.12-17 - A Sabaderia não Pode nos Trazer Felicidade


O que realmente te faria uma pessoa feliz? Ter a riqueza do Bill Gates, ou menos, a do Sílvio Santos por exemplo? Isso te faria você feliz? E se você famoso como alguns cantores ou atletas? Você acha que isso te traria felicidade? E se você tivesse uma mente brilhante e fosse reconhecido mundialmente por inteligência? Ou se alguém descobrisse que você tem uma beleza rara, e se tornasse uma celebridade mundial, você acha que seria muito feliz? Deixe-me adivinhar. Sua resposta é: “Eu não sei, mas eu certamente gostaria de experimentar”.
Algumas pessoas têm conseguido muita riqueza, sucesso e conhecimento. Mas, sabemos que muitos ricos e famosos, apesar de terem todas essas coisas, chegam até se suicidarem. Salomão, foi uma pessoa deste tipo. Ele tinha de tudo. Tinha mil mulheres, enorme riqueza, respeito internacional, e sabedoria inigualável. O que ele não tinha, no entanto, era uma razão para viver. Ele nem sempre estava feliz. Ele se encaixa perfeitamente no padrão de hoje, era altamente talentoso, extremamente ambicioso, subiu a escada do sucesso. Mas, não tinha razão para viver.
A partir do versículo 12 do capítulo um até ao versículo 26 do capítulo dois, somos informados que ele buscou satisfação em quatro áreas principais, mas acabou de mãos vazias.
As quatro áreas que não trazem felicidade duradoura são: os estudos, o conhecimento, a educação superior (Ec 1:12-18), o prazer (Ec 2:1-11), onde vimos fracasso do hedonismo e veremos que a sabedoria (Ec 2:12-17) e também o trabalho (Ec 2:18-26) não trazem felicidade duradoura. Nos versículos 12-17 veremos que felicidade não pode ser encontrada na sabedoria.
Dizem que uma boa mensagem precisa ter pontos são objetivos, que são claramente explicados, e que são repetidos várias vezes. É exatamente isso que Salomão está fazendo aqui. Ele já falou sobre a sabedoria e conhecimento no final do capítulo um, mas no discurso anterior tratou principalmente com a aquisição de conhecimentos ou educação, e agora está mais interessado na aplicação da sabedoria e do conhecimento. Aqui vemos dois princípios muito importantes.
“Então, passei a considerar a sabedoria, e a loucura, e a estultícia. Que fará o homem que seguir ao rei? O mesmo que outros já fizeram. Então, vi que a sabedoria é mais proveitosa do que a estultícia, quanto a luz traz mais proveito do que as trevas. Os olhos do sábio estão na sua cabeça, mas o estulto anda em trevas; contudo, entendi que o mesmo lhes sucede a ambos. Pelo que disse eu comigo: como acontece ao estulto, assim me sucede a mim; por que, pois, busquei eu mais a sabedoria? Então, disse a mim mesmo que também isso era vaidade. Pois, tanto do sábio como do estulto, a memória não durará para sempre; pois, passados alguns dias, tudo cai no esquecimento. Ah! Morre o sábio, e da mesma sorte, o estulto! Pelo que aborreci a vida, pois me foi penosa a obra que se faz debaixo do sol; sim, tudo é vaidade e correr atrás do vento”.
O sábio e o ignorante ambos irão morrer (2:12-14). É evidente que a sabedoria tem certas vantagens sobre a ignorância. No entanto, apesar de suas vantagens, até mesmo uma extraordinária sabedoria cai sob a condenação geral da humanidade, a morte. Se existir um ceifador com sua foice da morte, perseguirá o sábio e o insensato, o bonito e o feio, o rico e o pobre, o crente e o incrédulo. A morte é a grande igualadora, ela não faz distinções, então por que se preocupar tanto com a sabedoria? O tolo e o sábio irão acabar no túmulo do mesmo jeito?
O sábio e o ignorante ambos serão esquecido (2:15-17). A grande esperança do intelectual é conquistar fama duradoura e ser lembrado por suas grandes contribuições. Isso é pura ilusão. As gerações futuras não vão se lembrar dos estudiosos mais do que dos mendigos da rua. De fato, analisando bem alguns sábios poderão ser lembrados, mas dos tolos ninguém se lembra. E qual foi a resposta de Salomão para tudo isso? Ele diz em (Ec 2:17): “Pelo que aborreci a vida, pois me foi penosa a obra que se faz debaixo do sol; sim, tudo é vaidade e correr atrás do vento”. Muitas versões traduzem “correr atrás do vento” como “aflição”. Observe que ele não diz, “aborreço-me a vida”, mas “aborreci a vida”, passado. Portanto, isto não foi sua conclusão final, nem mesmo uma perspectiva do seu presente, mas foi a sua atitude quando sua busca pela sabedoria pareceu-lhe uma aflição, e então se desesperou com o viver.
Considerando todos os nossos conhecimentos, todo o nosso progresso, e toda nossa tecnologia, será que isso traz uma experiência de vida mais abundante? Claro que somos gratos a Deus pelos avanços na medicina, a rapidez dos aviões nas viagens, pelas informações que rapidamente encontramos por causa dos computadores interligados, e assim por diante. No entanto, nunca houve tantas pessoas infelizes, tantos famintos, doentes, e renegados. Todo o nosso conhecimento acumulado da história não pode impedir o terrorismo, a guerra e a discórdia. O governo gasta milhões em conscientização sobre as sexualmente transmitíveis, mas as pessoas cada vez mais se envolvem em sexo promíscuo. Temos mais consultores e especialistas em negócios do que nunca, mais mesmo assim as falências ocorrem continuamente. Descobrimos como queimar calorias, fazer exercícios corretos, ter dietas saudáveis, mas a população obesa tem aumentando no mundo e até as  crianças estão enfrentando este problema. Existem muitos livros seculares e cristãos sobre paternidade e casamento, mas as famílias estão cada vez mais desestruturadas. Conhecer e saber das coisas não vale nada. Salomão correu atrás do conhecimentos-educação, do prazer e da sabedoria. Sua experiência pessoal o levou mais uma vez a chegar a mesma conclusão. Tudo é correr atrás do vento. E isto o levou naquele momento a se aborrecer da vida.
Um crente que é saudável espiritualmente não se aborrece com sua vida. Se houver aborrecimento permanente é porque a alma está doente, não importa o quão difícil é as circunstâncias possam ser, o crente te que aprender ser contente em toda e qualquer situação. É verdade que alguns heróis fé queriam morrer, tais como, Jó (Jó 3.21ss). Moisés (Nu 11. l5), Elias (1 Reis 19:4) e Jonas (Jonas 4:3). Mas não devemos vê-los como exemplos a seguir e todos eles mudaram de idéia depois.
O crente deve “amar a vida” (l Pedro 3:10) e procurar tirar o máximo proveito dela para a glória de Deus. Nós não podemos desfrutar de tudo na vida, ou ser capaz de explicar tudo sobre a vida, mas isso não é importante. Vivemos pela fé e pelas promessas e não pela razão ou explicações. Além do mais, sabemos que o nosso “trabalho não é vão no Senhor” (1 Co 15:58).
Então, se nos dedicarmos a desfrutarmos da vida para glorificarmos a Deus, veremos que todo nosso esforço para o Senhor não é correr atrás do vento, sabemos que se nossos esforços para o Senhor não forem reconhecidos pelos homens, serão reconhecidos por Aquele que é justo e nos dará a justa recompensa. Contudo, se insistirmos em obter a satisfação com base na coisas deste mundo, assim a teremos e juntamente com ela a aflição. Somente no Senhor podemos ser felizes verdadeiramente. Tudo que fizermos que não seja para a glória de Deus é correr atrás do vento.


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