15 maio 2012

Eclesiastes 3.9-11 - A Vida é Um Labirinto


Uma vez dentro do labirinto, tudo que temos de fazer é caminhar, descobrir os caminhos, ás vezes encontramos caminhos sem saída e é natural ter que dar meia volta e continuar andando, alguns procuram caminhos onde não tem mais por onde passar e ficam presos o resto da vida batendo a cabeça no mesmo muro.

Algumas vezes repetimos os mesmos caminhos dentro do labirinto, nos sentimos mais seguros em certo ponto, pois podemos mudar um caminho e não conseguir voltar mais, mas também ficamos presos ao cotidiano. Algumas vezes voltamos a fazer caminhos antigos, isto explica porque algumas vezes temos que resolver questões que ficaram pendentes no nosso passado. Outras vezes fazemos um novo caminho que parece ser exatamente com um antigo.

Às vezes vamos tão longe de nossa casa que acabamos por encontrar outras. A parte mais interessante é que dentro de uma infinidade de caminhos e possibilidades, ainda há pessoas que caminham junto de nós e até fazem uma parte da caminhada conosco. Sejam amigos ou familiares. Sempre há alguém fazendo o mesmo caminho que o nosso”.1

O labirinto é uma boa analogia da vida. Durante nossa caminhada encontramos muitos obstáculos, podemos afirmar que a vida é uma luta constante. E com isso em mente lemos: “Que proveito tem o trabalhador naquilo com que se afadiga? Essa é a mesma pergunta retórica do capítulo 1.3 e capítulo 2.11. “Que proveito tem o trabalhador naquilo com que se afadiga?”. Esta pergunta é uma afirmação negativa, que espera uma resposta negativa: “o homem não ganha nada com seu trabalho”. Todo o lucro que o homem tiver em sua labuta é anulado pela falta de conhecimento da providência divina. Indagamos a nós mesmos: “Por que trabalhar tanto sendo que tudo vai ser destruído? Para que casar se vamos acabar brigando e ferindo um ao outro? Para que ter um filho e lidar com o estresse e uma decepção no futuro?”

Olhem comigo agora nos versículos 10 e 11: Vi o trabalho que Deus impôs aos filhos dos homens, para com ele os afligir. Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o princípio até ao fim”. O ponto aqui é que Deus faz tudo, até mesmo os eventos que acontecem por meio da ação humana, acontecem no seu devido tempo. No entanto, a ênfase deste versículo é que o homem nem sempre entende os propósitos de Deus. Fazemos perguntas tais como: “Por que sou deste jeito? Por que meus pais me tratam assim? Por que estou perdendo esta oportunidade, esta causa, esta bênção?” Quem faz perguntas assim está focado na coisa errada. Temos a tendência de ver apenas o casulo encrespado e feio. Não olhamos para os planos de Deus que vai colocar em movimento uma bela borboleta. Nós nos apegamos nas circunstâncias, naquilo que vemos. Deus concentra-se na substância dentro do casulo. Nós focalizamos o externo, Deus focaliza o interno. Ele faz tudo formoso no tempo certo, incluindo a perda, os fracassos, as lutas, os sonhos fragmentados, o sofrimento, e a doença. Ele torna tudo formoso na hora certa. Sem Ele, a vida não tem sentido, é inútil e miserável. Com ele tudo faz sentido.

Como disse José: Assim, não fostes vós que me enviastes para cá, e sim Deus, que me pôs por pai de Faraó, e senhor de toda a sua casa, e como governador em toda a terra do Egito” (Gn 45.8).

Aprendemos também nesta passagem que Deus pôs a eternidade no coração da humanidade. Esta frase “pôs a eternidade no coração do homem” significa que Deus colocou um grande ponto de interrogação na alma de cada homem. Deveríamos estar fazendo a pergunta: “Qual é o sentido da vida?” Os egípcios se esforçaram muito se preparando para uma vida futura. Os estudiosos dizem que foi necessário o esforço de cem mil trabalhadores por 40 anos para construir apenas uma das pirâmides. Por que tanto esforço? Por que alguém colocaria tanta ênfase num túmulo para uma vida após a morte? A resposta é: os egípcios sabiam muito bem que passariam muito mais tempo na vida após a morte do que passariam nessa vida. Como sabiam disso? Por causa do senso de eternidade que Deus colocou no coração do homem. Certamente a concepção deles do que aconteceria após a morte era distorcida. Mas o ponto é que eles entendiam que a vida após a morte era muito mais importante do que esta vida, e assim eles se preparavam para a vida após a morte durante esta vida. Deus colocou o sendo eternidade nos seus corações.

Agostinho disse: “Fizeste-nos para si mesmo, e nosso coração está inquieto enquanto não descansar em ti”. Blaise Pascal disse: “Há um vácuo em forma de Deus no coração de todo homem que não pode ser preenchido por nenhuma criatura, mas somente por Deus que pode ser conhecido por meio de Jesus Cristo”. A verdade é: temos uma coceira eterna. Todos nós ansiamos conhecer o significado eterno da vida. A Bíblia diz que somente em Cristo podemos encontrar sentido para a vida. Jesus Cristo é o Senhor e Salvador de sua alma?

Olhando para vida como um labirinto podemos dizer que existem três tipos de pessoas neste imenso labirinto. Um grupo é das pessoas que estão totalmente perdidas por serem cegas e não terem Cristo como Salvador, apesar de perdidas não reconhecem que estão perdidas. Um outro grupo são de pessoas regeneradas que conhecem a verdade, portanto não são cegas, mas não olham para o alto e andam no labirinto olhando para o chão e vivem dando cabeçadas. O terceiro grupo é o de pessoas redimidas e que andam olhado para o alto. Apesar de estarem no labirinto sempre estão olhando para Cristo e não se perdem durante a caminhada. O que farás com Cristo?

1. Fonte da Introdução: Não creio e nem concordo com conclusão teológica do autor, mas a ilustração não deixa de ser boa. http://www.incomodese.com/products/a-vida-e-um-labirinto/

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