03 dezembro 2011

Eclesiastes 1.1-11 - A Vida é Uma Ilusão

“Que proveito tem o homem de todo o seu trabalho, com que se afadiga debaixo do sol?”

        “Palavra do Pregador, filho de Davi, rei de Jerusalém:” (v. 1). O eclesiastes usou apenas os dois versículos para introduzir seu livro. Logo de início ele diz que o pregador, que falará dos empreendimentos humanos que não visam a glória de Deus. Ele era um filho de Davi e que foi rei de Jerusalém. O único filho de Davi que se enquadra nas características do eclesiastes é Salomão. Embora não esteja identificado pelo nome, Salomão torna-se o porta-voz literário das observações e convicções do autor. Ele é o rei de Jerusalém que por causa de sua riqueza, sabedoria e preocupações terrenas, teve ampla oportunidade para experienciar a vida em sua totalidade.
            O sábio diz o seguinte a respeito da vida: Vaidade de vaidades, diz o Pregador; vaidade de vaidades, tudo é vaidade” (v. 2). Uma outra versão diz: É ilusão, é ilusão, diz o Sábio. Tudo é ilusão”. De acordo com essas palavras introdutórias, a vida não passa de pura ilusão. Sabemos que a vida foi criada por Deus, e será que Ele criou algo é inútil? Claro que não, mas após a queda do homem, um viver sem Deus é inútil. Olhando por este lado qualquer coisa neste mundo não passa de uma ilusão. Não tem proveito algum qualquer coisa que não for feita para a glória de Deus.
            Toda a existência humana, quando vivida longe de Deus, é frustrante e insatisfatória. Todos os prazeres e coisas materiais da vida, quando buscadas por causa delas mesmas, nada produzem a não ser a infelicidade e um senso de futilidade.
            A palavra vaidade significa basicamente significa “vapor”, como o do hálito condensado que se respira em um dia frio. Enfatiza a rapidez com a qual as coisas desaparecem e o pouco que oferecem enquanto de posse delas, Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa” (Tg. 4.14). Isto, entretanto, precisa ser compreendido, não com referência ao universo, mas a todas as atividades da vida terrena, as coisas “sob o sol” (v. 3). O contexto posterior indica isto com bastante clareza. O autor não é um pessimista de carterinha, ele simplesmente está sendo pessimista em relação à existência humana que procura produzir satisfação longe de Deus.
Assim podemos concordar com o eclesiastes quando ele faz a seguinte pergunta: “Que proveito tem o homem de todo o seu trabalho, com que se afadiga debaixo do sol?” (v. 3). A palavra “proveito” transmite a ideia de “vantagem” (Ec 7.11). Se uma pessoa encara a vida simplesmente em termos de valores terrenos, não há nenhuma vantagem díscernível para lutar e labutar. O autor prossegue então para provar sua tese por meio de um exame dos vários setores da atividade humana.

A Mesmisse de Sempre da Vida, Eclesiastes 1.4. “Geração vai e geração vem; mas a terra permanece para sempre” (v. 4). A vida é uma repetição infinita e sem significado. O trabalho humano nada alcança de permanente; só a terra permanece para sempre. O curso da atividade humana é tão monótono e sem alvo quanto aos processos da natureza. Em outras palavras, pessoas nascem e morrem e o planeta terra continua em sua rota. Ricos e pobre, poderosos e mendigo, gênios e retardados nascem e morrem, mas o planeta terra continua na mesmisse de sempre. O homem, que foi feito da terra, tem vida curta e morre, mas o material do qual foi formado continua permanente. Esta cansativa repetição também se observa no “sol” (1:5), no “vento” (1: 6) e nos “rios” (1 : 7).

 A Mesmisse de Sempre da Natureza, Eclesiastes 1.5-9. Todas as coisas são canseiras. A frase, são canseiras fica melhor traduzida assim do que são trabalhosas, referindo-se ao fato de que todas as coisas da vida são monótonas e fúteis, que onde quer que se olhe, encontra-se a mesma roda cansativa e infinita de atividades. Ninguém as pode explicá-las ou evitá-las. É impossível por em palavras a futilidade de tudo. Na realidade nada produz verdadeira satisfação aos olhos ou aos ouvidos do homem.
“O que foi é o que há de ser; e o que se fez, isso se tornará a fazer; nada há, pois, novo debaixo do sol. Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Não! Já foi nos séculos que foram antes de nós” (vs. 9-10). Em que sentido “não há nada de novo debaixo do sol”? Nos ciclos naturais da vida cotidiana sobre os quais o sol brilha, nada existe de totalmente novo. Até mesmo as “novas” invenções são na maior parte aplicações de princípios que o grande Designer, criador de tudo já aplicara na criação. Mas, “debaixo do sol” Deus fez surgir novos acontecimentos espirituais que afetam a humanidade.
Comparados com os infindáveis ciclos da natureza, todo empenho humano é fugaz e temporário (1.4-7). Até mesmo as grandes consecuções do eclesiastes forçosamente passariam para outra pessoa, talvez menos digna (2.18, 19).
“Já não há lembrança das coisas que precederam; e das coisas posteriores também não haverá memória entre os que hão de vir depois delas” (v. 11). O homem não só é perseguido por sua incapacidade de realizar qualquer coisa digna de valor, mas também pela percepção de que até mesmo a lembrança dos seus esforços será logo esquecida. Eis a resposta completa à pergunta do versículo 3: “Que proveito tem o homem?”
 Um viver sem um propósito que seja de acordo com o propósito o maior que Deus tem para nós, é um viver inútil. Antes da nossa salvação éramos inúteis para Deus, por causa de Cristo passamos a ser úteis a Ele. A vida, é como um vapor, uma pura ilusão passa como assim como uma neblina se dissipa no ar. A questão é, que tipo de neblina que sua vida está sendo, útil ou inútil.
          A Palavra no exorta a seguinte atitude como filhos de Deus: “não atentando nós nas coisas que se vêem, mas sim nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, enquanto as que se não vêem são eternas” (2 Co 4.18). A vida é uma ilusão, somente quando olhamos para as coisas temporais, porém é uma grande satisfação quando olhamos para as que são eternais.

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